sábado, 10 de janeiro de 2009

Bahia investe R$ 90 milhões em patrimônio cultural e museus



Até o final deste mês as ações do Governo do Estado que visam a salvaguarda dos patrimônios culturais, a recuperação e dinamização dos museus da Bahia chegarão a aproximadamente R$ 90 milhões em investimentos. São recursos estaduais e federais gerenciados pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), vinculado à secretaria estadual da Cultura (Secult), durante o biênio 2007-2008.
Segundo o diretor geral do Ipac, Frederico Mendonça, metade desses recursos são aplicados em obras. “Mais de R$ 50 milhões são investidos na restauração de monumentos e edificações tombadas como patrimônios estaduais ou nacionais, em centros históricos de cidades baianas, em melhorias dos casarios da Baixa dos Sapateiros e Centro Histórico de Salvador (CHS), e na recuperação de museus baianos, entre outras intervenções”, diz Mendonça.
Dentre os monumentos já restaurados ou ainda em obras estão o Solar do Unhão, Palácio da Aclamação, Solar Ferrão, Palácio Rio Branco, igrejas do Pilar, Boqueirão e Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, além do Parque das Esculturas do MAM, em Salvador, e o Parque Histórico Castro Alves em Cabaceiras do Paraguassu. O restante dos investimentos é destinado à reparação dos bens culturais móveis – como imagens sacras e acervos museológicos -, apóiam a realização de manifestações culturais, como a Festa de Santa Bárbara, o São João e o ‘Carnaval do Pelô’, e a realização de shows e exposições.
A agilização das obras integra a política de melhoria dos serviços do Ipac, empreendida desde janeiro de 2007. Os programas federais Monumenta e Prodetur 2 (Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste), através da secretaria do Turismo (Setur), reúnem o maior aporte dos recursos.
“O Monumenta é financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento, através da União e contrapartida do Tesouro estadual, com R$ 35 milhões aplicados na recuperação dos centros históricos de Lençóis e Cachoeira”, explica Mendonça. Cachoeira é a cidade brasileira, dentre outras 25, que mais recebe recursos do Monumenta. Já em Salvador, o Monumenta faz a 7ª etapa de Recuperação do CHS sob responsabilidade da Conder/Sedur.
Com a Universidade Federal do Recôncavo e a Universidade Federal da Bahia, o Ipac está elaborando um dossiê para candidatar o conjunto arquitetônico-histórico de Cachoeira e São Félix, às margens do Rio Paraguassu, como ‘Patrimônio da Humanidade’. “Até maio deste ano, o secretário Márcio Meirelles encaminha o levantamento para que o governador Jaques Wagner apresente a proposta a Unesco”, diz Mendonça.
O Ipac efetuou, também, intervenções no Baixo Sul e em Feira de Santana. Em Salvador promoveu reparos nos museus Tempostal e de Azulejaria e Cerâmica Udo Knoff, na Fonte das Pedras – monumento tombado pelo Estado – e os levantamentos técnicos da Vila Nova Esperança, que subsidiaram projetos urbanístico e arquitetônico dessa encosta no CHS. A partir de março (2008) já começam as restaurações da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e do Oratório da Cruz do Pascoal, ambos no CHS. Integrando a estratégia de preservação de sítios históricos e através de convênio com o Ministério da Cultura, o Ipac elabora, ainda, o projeto para a Requalificação da Feira de São Joaquim no valor de R$ 1,5 milhão.

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