quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Artigo do dia por Helio Fernandes

Amanhã o último debate. Inútil e cansativo quando havia a ilusão de que se disputava alguma coisa. Completamente desinteressado e desinteressante, quando já existe vencedor e vencido.


Helio Fernandes



É o décimo e felizmente último encontro entre os dois candidatos nominais. Embora nos bastidores a guerra seja mais sangrenta e não tão insuportável. Enquanto na televisão enganam o cidadão-contribuinte-eleitor (mentindo dupla e desvairadamente), nos subterrâneos da politicalha se disputa verdadeiramente o Poder.



E aí, muitos, vários e variados participantes. Não se restringem apenas a Dilma, já com maioria total, e José Serra, sem possibilidade de ultrapassá-la. Os dois lados lutam para que a vantagem de Dilma não seja muito grande, assim a sua incompetência congênita e adquirida ficaria difícil de alcançar.



Curioso é que partidos (?) que estão na coligação a favor de Dilma, tentam restringir sua vitória a um mínimo de vantagem nas urnas. Por quê? Se Dilma ganhar por 2 ou 3 por cento de diferença, será mais fácil e vantajoso conversar com ela. Se a vitória for esmagadora, a vantagem será dela.



O PMDB, que deveria ser obrigado (como todos os partidos) a ter candidato próprio, prefere a ocupação do Poder, muito mais do que a conquista do Poder. Se o presidente fosse do PMDB, (e poderiam ganhar muito bem) em vez de receber gordas e suculentas fatias desse Poder, o PMDB teria que distribuí-las.



Lula foi obrigado a ter 37 ministros, principalmente por causa da voracidade dos lobistas desse partido. Os ministérios não valem apenas por esse cargo, mas pelo fato de que cada um tem centenas e até milhares de lugares rotulados como de segundo e terceiro escalão, mas também altamente desejáveis e ambicionados.



Serra e o PMDB, também lutam para perder por pequena diferença. Sabem que vão perder, mas não querem que seja por diferença estrondosa. Pela primeira vez na História republicana, se disputam duas eleições ao mesmo tempo: a sucessão de Lula e a sucessão de Dilma, se é que ela governará mesmo.



Pelo menos nos últimos 4 anos, Lula e Dilma dividiram e dominaram o Planalto-Alvorada. Muitos acreditam ou imaginam, que Lula permaneça no Planalto, deixando o Alvorada para Dona Dilma. Ele ficaria satisfeito, ela teria forças, dinâmica, credenciais, competência para exigir o que pensa que conquistou? A “vitória-cheia”, o Planalto-Alvorada?



Já existem colados nos 400 carros que entram em circulação diariamente no Rio e 800 em São Paulo, adesivos assim: “2014, Aécio-Marina”. Ha!Ha!Ha! Dona Marina teve um sonho fugaz de Poder, que só poderia ser prorrogado se tivesse jogado fora a “neutralidade”. E lançado manifesto positivo, contra os dois candidatos, já que nenhum deles tem projeto ou programa de governo, e a capacidade de cumpri-lo.



Para o PV, exata a palavra adesivo, existem poucos partidos tão adesistas. E sem analistas. Deixaram Dona Marina acreditar que os 20 milhões de votos do primeiro turno, “eram mesmo dela”. E que dependia apenas dela, direcionar esses votos.



Quanto a Aécio Neves, tem o que parece ser sua grande vantagem, a idade. (Completou 50 anos, Serra já caminha para os 70). Mas acontece que os “futuros candidatos”, sejam quais e quantos forem, se refugiam ou entrincheiram na longevidade, que para eles se parece até mesmo com eternidade.



Haja o que houver, Lula será a grande estrela, que mostrará sua luz resplandecente, não em 2011, e sim a partir da proclamação da vitória de Dilma, no mesmo dia 31, por volta das 8 ou 9 horas da noite. A carreata de aplausos será dirigida mais no caminho de Dilma ou de Lula? Estrategicamente poderão estar juntos para não revelarem o jogo muito cedo.



***



PS – Não há mistério na eleição. Dona Dilma já está vitoriosa (tanto para ela quanto para Serra, é obrigatório usar a palavra INFELIZMENTE), todo o mistério ou incógnita passa a ser incorporado para o governo.



PS2 – Entre as incógnitas, uma tratada quase que com desprezo, mas importantíssima: a posição do PT. Fortíssimo no primeiro mandato a partir de 2003, foi sendo desprezado, desconhecido, derrubado desde 2007.



PS3 – Internamente o PT está em plena guerra. Não a FAVOR ou CONTRA Dilma, mas pela sobrevivência de seus membros mais importantes. Quase todos, por mais que apostem na longevidade, estão no limite, política e eleitoralmente.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Vox Populi e CNT/Sensus: petista na frente

Além do IBOPE (veja nota acima), duas novas pesquisas de intenção de voto neste 2º turno saíram ontem e hoje: uma Vox Populi, outra CNT/Sensus. Ambas indicam a liderança de Dilma Rousseff (governo-PT-partidos aliados) e confirmam a vitória da candidata nos debates e dia 31 de outubro.

Em relação à votação no 2º turno, no próximo dia 31, com uma margem de erro de 1,8, o Vox Populi confirma a liderança de Dilma com 48% das intenções de voto contra 40% do tucano José Serra (PSDB-DEM-PPS). O índice de brancos e nulos soma 6%, a mesma taxa dos eleitores ainda indecisos no país.

Por esta Vox Populi, se considerarmos os votos válidos (sem os índices de brancos, nulos e indecisos), Dilma já está eleita com 54,5%. Serra obtém 45,4%. O Instituto também informa que a avaliação positiva do presidente Lula continua alta - 78%. A pesquisa foi realizada entre os dias 10 e 11 deste mês, em 214 cidades e ouviu 3 mil pessoas.

Dilma venceu os debates

Já a CNT/Sensus, considerando os 2,2 pontos da margem de erro, dá empate técnico entre os candidatos ao Planalto. Pela sondagem, Dilma tem 46,8% das intenções de voto contra 42,7% de José Serra. Votos nulos e aqueles que não souberam responder somam 10,6%. Pelos votos válidos, Dilma supera o tucano e se elege com 52,3% contra 47,7% dele.

Na pesquisa espontânea do CNT/Sensus - em que não é apresentado o nome do candidato aos entrevistados - Dilma tem 44,5 % e Serra 40,4%. Aliás, o tucano apresenta maior índice de rejeição, 37,5% contra 35,4% da petista. A sondagem foi realizada ontem e anteontem, em 136 cidades e ouviu 2 mil pessoas.

Em ambas as pesquisas, para os entrevistados que viram o debate na Band, Dilma saiu vitoriosa.

E agora, José? Mônica Serra, quem diria, é humana - e já fez um aborto

Alunas da então professora de Psicologia do Desenvolvimento aplicada à Dança, no Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Monica Serra, confirmaram nesta quinta-feira estar presentes à aula em que a mulher do presidenciável tucano, José Serra, relatou ter sido levada a interromper a gravidez, no quarto mês da concepção. A coreógrafa Sheila Canevacci Ribeiro revelou o fato após o debate realizado domingo, na Rede Bandeirantes de TV, em sua página na rede social Facebook.

Colega de Sheila Ribeiro, a professora de Dança de um instituto federal de Brasília, que preferiu não ter o seu nome citado “por medo do que essa gente pode fazer”, afirmou, lembra que no primeiro semestre de 1992, no segundo período que cursava na Unicamp, o depoimento de Monica Serra a impressionou. Ela estava sentada no chão em uma sala de dança, onde não há móveis e apenas um grande espelho e a barra de exercícios, ao lado das colegas Kátia Figueiredo, que mora atualmente na Suécia, Ana Carla Bianchi, Ana Carolina Melchert e Érika Sitrângulo Brandeburgo, entre outras estudantes, residentes aqui no país.

– Eu confirmo aqui o depoimento da Sheila Ribeiro. Foi aquilo mesmo. A professora Monica Serra nos relatou que havia feito um aborto em um período difícil da vida do casal, durante a ditadura militar. Foi um fato tocante, que marcou a todas nós. Lembro-me que o assunto surgiu quando ela falava sobre a dissociação do corpo e a imagem corporal, que até hoje dirige meu comportamento – disse.

Pressão

Sheila Ribeiro, após o protesto consignado em sua página, disse nesta quinta-feira que, apesar da pressão dos meios de comunicação e de eleitores de todo o país que passaram a visitá-la no Facebook, não se arrepende de ter relatado a sua indignação ao perceber a mudança de atitude da professora que, em 1992, revelava às alunas um episódio marcante na vida de qualquer mulher, como o aborto realizado diante o exílio iminente, ao lado do marido, e a possível primeira-dama que, em uma campanha política, acusa a adversária do casal de “matar criancinhas”.

– Pior do que isso foi o silêncio do Serra, que deveria ter saído em defesa da mulher, fosse qual fosse a situação em que se encontrava ali, diante das câmeras – emendou a ex-aluna de Monica Serra.

Coreógrafa e doutoranda em Comunicação e Semiótica, na PUC de São Paulo, Sheila Ribeiro mora em uma “praia linda” e, apesar de estar no centro de uma discussão que mobiliza o país, faz questão de seguir a sua rotina de estudos e de trabalho.

– Procuro me manter leve. Respiro – diz, emocionada.

Sheila tem recebido, ao lado de agressões de partidários dos dois candidatos, o apoio dos amigos e “mesmo de estranhos que entenderam a minha indignação”, afirma. Das colegas que estavam ao seu lado, na oportunidade em que a mulher do presidenciável tucano optou por revelar um momento difícil da vida, também recebe a solidariedade e o apoio.

– Estou aliviada por ter visto a Sheila questionar toda essa hipocrisia que permeia a sociedade brasileira. Ela foi muito corajosa e só merece nosso aplauso – conclui a colega que, hoje, mora em Brasília e se destaca pelo trabalho também na área da coreografia e da dança.

Sem resposta

Com as novas entrevistas realizadas pelo Correio do Brasil, nesta quinta-feira, a reportagem voltou a procurar o presidenciável tucano na tentativa de ouví-lo acerca dos depoimentos das ex-alunas da mulher dele, Monica Serra. O CdB o procurou, novamente, no Twitter, às 12h41:

“@joseserra_ Senhor candidato. Três outras ex-alunas confirmaram o relato sobre o aborto feito por sua esposa. O sr. poderia repercutir isso?”

Da mesma forma, foram encaminhados e-mails à assessoria de imprensa que, por intermédio de uma das assessoras, acusou o contato do CdB e ponderou que, se até o fechamento desta matéria, às 15h04, não houvesse qualquer resposta do candidato, como de fato não ocorreu, o fato deveria ser interpretado como sua recusa em tocar no assunto, em linha com a decisão tomada durante o debate.

Informações do jornal Correio do Brasil

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Frei Betto: Dilma e a fé Cristã




Em tudo o que Dilma realizou, falou ou escreveu, jamais se encontrará uma única linha contrária aos princípios do Evangelho e da fé cristã.



Por frei Betto

Conheço Dilma Rousseff desde criança. Éramos vizinhos na rua Major Lopes, em Belo Horizonte.



Ela e Thereza, minha irmã, foram amigas de adolescência.



Anos depois, nos encontramos no presídio Tiradentes, em São Paulo. Ex-aluna de colégio religioso, dirigido por freiras de Sion, Dilma, no cárcere, participava de orações e comentários do Evangelho.



Nada tinha de “marxista ateia”.



Nossos torturadores, sim, praticavam o ateísmo militante ao profanar, com violência, os templos vivos de Deus: as vítimas levadas ao pau-de-arara, ao choque elétrico, ao afogamento e à morte.



Em 2003, deu-se meu terceiro encontro com Dilma, em Brasília, nos dois anos em que participei do governo Lula. De nossa amizade, posso assegurar que não passa de campanha difamatória -diria, terrorista- acusar Dilma Rousseff de “abortista” ou contrária aos princípios evangélicos.



Se um ou outro bispo critica Dilma, há que se lembrar que, por ser bispo, ninguém é dono da verdade.



Nem tem o direito de julgar o foro íntimo do próximo.



Dilma, como Lula, é pessoa de fé cristã, formada na Igreja Católica.



Na linha do que recomenda Jesus, ela e Lula não saem por aí propalando, como fariseus, suas convicções religiosas. Preferem comprovar, por suas atitudes, que “a árvore se conhece pelos frutos”, como acentua o Evangelho.



É na coerência de suas ações, na ética de procedimentos políticos e na dedicação ao povo brasileiro que políticos como Dilma e Lula testemunham a fé que abraçam.



Sobre Lula, desde as greves do ABC, espalharam horrores: se eleito, tomaria as mansões do Morumbi, em São Paulo; expropriaria fazendas e sítios produtivos; implantaria o socialismo por decreto…



Passados quase oito anos, o que vemos? Um Brasil mais justo, com menos miséria e mais distribuição de renda, sem criminalizar movimentos sociais ou privatizar o patrimônio público, respeitado internacionalmente.



Até o segundo turno, nichos da oposição ao governo Lula haverão de ecoar boataria e mentiras. Mas não podem alterar a essência de uma pessoa. Em tudo o que Dilma realizou, falou ou escreveu, jamais se encontrará uma única linha contrária ao conteúdo da fé cristã e aos princípios do Evangelho.



Certa vez indagaram a Jesus quem haveria de se salvar. Ele não respondeu que seriam aqueles que vivem batendo no peito e proclamando o nome de Deus. Nem os que vão à missa ou ao culto todos os domingos. Nem quem se julga dono da doutrina cristã e se arvora em juiz de seus semelhantes.



A resposta de Jesus surpreendeu: “Eu tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; estive enfermo e me visitastes; oprimido, e me libertastes…” (Mateus 25, 31-46). Jesus se colocou no lugar dos mais pobres e frisou que a salvação está ao alcance de quem, por amor, busca saciar a fome dos miseráveis, não se omite diante das opressões, procura assegurar a todos vida digna e feliz.



Isso o governo Lula tem feito, segundo a opinião de 77% da população brasileira, como demonstram as pesquisas. Com certeza, Dilma, se eleita presidente, prosseguirá na mesma direção.



Publicado no Tendências & Debates da Folha de S.Paulo


Em tudo o que Dilma realizou, falou ou escreveu, jamais se encontrará uma única linha contrária aos princípios do Evangelho e da fé cristã.



Por frei Betto

Conheço Dilma Rousseff desde criança. Éramos vizinhos na rua Major Lopes, em Belo Horizonte.



Ela e Thereza, minha irmã, foram amigas de adolescência.



Anos depois, nos encontramos no presídio Tiradentes, em São Paulo. Ex-aluna de colégio religioso, dirigido por freiras de Sion, Dilma, no cárcere, participava de orações e comentários do Evangelho.



Nada tinha de “marxista ateia”.



Nossos torturadores, sim, praticavam o ateísmo militante ao profanar, com violência, os templos vivos de Deus: as vítimas levadas ao pau-de-arara, ao choque elétrico, ao afogamento e à morte.



Em 2003, deu-se meu terceiro encontro com Dilma, em Brasília, nos dois anos em que participei do governo Lula. De nossa amizade, posso assegurar que não passa de campanha difamatória -diria, terrorista- acusar Dilma Rousseff de “abortista” ou contrária aos princípios evangélicos.



Se um ou outro bispo critica Dilma, há que se lembrar que, por ser bispo, ninguém é dono da verdade.



Nem tem o direito de julgar o foro íntimo do próximo.



Dilma, como Lula, é pessoa de fé cristã, formada na Igreja Católica.



Na linha do que recomenda Jesus, ela e Lula não saem por aí propalando, como fariseus, suas convicções religiosas. Preferem comprovar, por suas atitudes, que “a árvore se conhece pelos frutos”, como acentua o Evangelho.



É na coerência de suas ações, na ética de procedimentos políticos e na dedicação ao povo brasileiro que políticos como Dilma e Lula testemunham a fé que abraçam.



Sobre Lula, desde as greves do ABC, espalharam horrores: se eleito, tomaria as mansões do Morumbi, em São Paulo; expropriaria fazendas e sítios produtivos; implantaria o socialismo por decreto…



Passados quase oito anos, o que vemos? Um Brasil mais justo, com menos miséria e mais distribuição de renda, sem criminalizar movimentos sociais ou privatizar o patrimônio público, respeitado internacionalmente.



Até o segundo turno, nichos da oposição ao governo Lula haverão de ecoar boataria e mentiras. Mas não podem alterar a essência de uma pessoa. Em tudo o que Dilma realizou, falou ou escreveu, jamais se encontrará uma única linha contrária ao conteúdo da fé cristã e aos princípios do Evangelho.



Certa vez indagaram a Jesus quem haveria de se salvar. Ele não respondeu que seriam aqueles que vivem batendo no peito e proclamando o nome de Deus. Nem os que vão à missa ou ao culto todos os domingos. Nem quem se julga dono da doutrina cristã e se arvora em juiz de seus semelhantes.



A resposta de Jesus surpreendeu: “Eu tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; estive enfermo e me visitastes; oprimido, e me libertastes…” (Mateus 25, 31-46). Jesus se colocou no lugar dos mais pobres e frisou que a salvação está ao alcance de quem, por amor, busca saciar a fome dos miseráveis, não se omite diante das opressões, procura assegurar a todos vida digna e feliz.



Isso o governo Lula tem feito, segundo a opinião de 77% da população brasileira, como demonstram as pesquisas. Com certeza, Dilma, se eleita presidente, prosseguirá na mesma direção.



Publicado no Tendências & Debates da Folha de S.Paulo

ARTIGO DO DIA por Helio Fernandes

Nobel da dissidência e da liberdade. Nobel do desemprego e da coletividade. Por que o Brasil não tem Nobel? E o Nobel da Paz para um argentino?


Helio Fernandes



O prêmio que surgiu contraditoriamente de uma fortuna explosiva, servia geralmente para recompensar personagens não intimidativos, que não ameaçavam o “sistema”, e precisavam ser elogiados, lançados na voragem da comunicação, ainda não tão poderosa como hoje. Acertaram poucas vezes, erraram muitas.



Os acertos eram por conta de méritos visíveis, os erros, também visíveis, usados para preterir principalmente economistas importantes. O caso mais famoso (mas não único) foi o do economista americano John Kenneth Galbraith.



Com 25 anos, assessor de Roosevelt no primeiro mandato, a partir de 1932 (a eleição, 1933 a posse), foi o inspirador e idealizador do “New Deal”, revolução verdadeira e sem armas. Em 1941, com a guerra, Roosevelt entregou a Galbraith o que se chamou de Coordenação da Mobilização Econômica, que era a transformação de toda a indústria civil em indústria de guerra.



Ficou até a morte de Roosevelt, (no início do quarto mandato) nem quis saber de trabalhar com Truman. Em 1961, voltou à Casa Branca, convite especial de Kennedy. Já participara da campanha, ficou quase 2 anos, teve divergência com Ted Sorensen (que escrevia alguns dos discursos de Kennedy), pediu demissão, foi embora.



Surpreendido, o presidente chamou-o, tentou sua volta, Galbraith ficou irredutível (mas não hostil), Kennedy perguntou: “Posso ajudá-lo em alguma coisa?” Resposta: “Presidente, se o senhor quiser me nomear embaixador na Índia, estou indo para lá, é um dos países mais importantes do futuro, reforçará minha posição”. Foi nomeado na hora. No dia do assassinato do presidente, entregou o cargo, voltou aos EUA para o enterro, mas sem cargo. Muitas vezes lembraram dele para o Nobel, jamais tiveram coragem.



Agora, praticamente, todos os prêmios são RELEVANTES e importantes, por causa disso, até polêmicos. O Nobel dado ao dissidente da China que está preso desde o episódio fascinante da Praça da Paz Celestial, movimentou o mundo. Menos pela escolha, mais pela resistência, não do dissidente, mas da própria China.



Os dirigentes da China não perceberam (como afirmaram) que “o mundo está com inveja da China”. Podem até estar, mas sendo hoje a China a maior EXPORTADORA e a maior IMPORTADORA do mundo, todos temem a queda do PIB da China, não por ela, mais por eles.



Outro prêmio altamente satisfatório, foi o do economista dos EUA, que há muito tempo estuda a razão ou as razões do DESEMPREGO. Notável ou notáveis suas conclusões. E a repercussão foi ainda maior, porque não existe contestação para a constatação do economista Peter Diamond. Vem escrevendo sobre o assunto há dezenas de anos, só agora, aos 70, teve o reconhecimento merecido.



Mas continuam errando muito. Surpresa total o Nobel da Literatura para Vargas Llosa, despropósito total, completo e irreversível. O peruano é um escritor puramente regional, sem qualquer repercussão universal, para o homem e a sua, vá lá, obra.



O romance (?) que lastreou e premiou Lloza, é historinha sem qualquer importância. “Pantaleão e as Visitadoras”, obra menor e sem consistência, Conta, sem qualquer lance de gênio (nem o assunto permitia), o recurso dos militares do Peru para atender as necessidades sexuais (indispensáveis) de soldados e oficiais. Espalhadas pelo imenso território, as tropas ficavam isoladas, sem contato com ninguém, praticamente abandonadas.



Criaram então esse exército paralelo, de mulheres, que chamaram de Visitadoras, muito justamente para atender os homens. Só que ligaram essas “Visitadoras” ao comportamento geral dos militares.



E aí surge o absurdo do Brasil não ter nenhum Prêmio Nobel, sempre ter sido preterido. No setor mesmo da Literatura, o Brasil tem muitos escritores mais importantes do que Vargas Llosa. Jorge Amado tem pelo menos 5 ou 6 romances muito pais importantes do que o “Pantaleão”, idem, idem para Erico Veríssimo e outros.



Carlos Drumond de Andrade e Manuel Bandeira, no mesmo nível ou melhores do que Gabriela Mistral. Encurtando, podemos dizer que a maior discriminação é em relação ao Nobel da Paz. Obama ganhou esse Nobel, presidente de um país com duas guerras por interesses. Pode ser que veja a merecer, mas nos primeiros tempos de governo, quando manda mais tropas para REFORÇAR essas guerras?



Outro Nobel que atingiu profundamente o Brasil, foi a premiação do argentino Perez Esquivel como Nobel da Paz. O que fez ele? Por que recebeu esse Nobel?



(Conheci Esquivel em Cuba, 1987, já Nobel, ninguém o conhecia, não me deixou a menor impressão. Nesse Seminário sobre Dívida Externa, fui apresentado a ele, quase não disseram o nome, só o título, que ganhou surpreendente e imerecidamente).



Naquela época, o Prêmio Nobel da Paz natural e universal, teria que ir para Dom Evaristo Arns. Um dos grandes resistentes da ditadura era ele. Teoricamente podia ser o Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Helder Câmara. Perseguidíssimo, mas na prática era Dom Evaristo.



E sua capacidade de luta e de comando chegou ao apogeu na organização da MISSA DE SÉTIMO DIA PELA ALMA DO ASSASSINADO WLADIMIRI HERZOG. Os militares não queriam de maneira alguma essa MISSA. Dom Evaristo Arns, a família, a resistência verdadeira, os que não transigiam nem concediam nada aos ditadores de plantão, “fecharam a questão”, tem que haver a missa. Sentindo-se derrotados, veio a “sugestão-intimidação”, que era a seguinte: “Concordamos com a missa, mas não na CATEDRAL, e sim numa igreja mais distante, não no centro da capital”.



Como não houve acordo nem poderia haver mesmo, a missa foi na CATEDRAL. Multidões de todos os lados, tropas nos mais variados lugares. Onde houvesse um “vão ou uma janela, metralhadoras eram visíveis”. O centro de São Paulo se transformou igualmente num templo de resistência e num quartel a céu aberto.



A semana que Dom Evaristo Arns “travou” com os militares, homérica. Intransigentes, os “plantonistas da ditadura” jamais imaginaram que homens desarmados, de terno, batina ou roupa de trabalhador, pudessem ter tanta força na mente, na alma, no coração, a transformar tudo em resistência.



Dom Evaristo, o centro de tudo aquilo, devia ter recebido o Nobel da Paz. Tudo o que ele fez no tempo e na semana da missa, era luta pela Paz. Por ser o Brasil, não tivemos esse Nobel, já não havíamos recebido os outros.



***



PS – Vargas Llosa, reacionaríssimo, foi candidato a presidente da República, lançado pelos militares, apoiado e financiado pelos banqueiros. Como os trabalhadores estavam em greve, a luta foi contra eles.



PS2 – Derrotadíssimo, Llosa tentou se redimir, afirmando: “Nunca mais serei candidato”. Se fosse, seria novamente massacrado.



Conversa com leitor, sobre transferência de votos e sobre a religiosidade de Serra e Dilma.

Luiz Ferreira:

“Helio, você que acompanha os fatos há muito tempo, considera que essa disputa Dilma-Serra pode ser comparada, em matéria de votos, ao que o Brizola fez para Lula em 1989. E houve alguma outra sucessão presidencial com transferência de votos vencedora?”



Comentário de Helio Fernandes:

Luiz, o Brasil teve poucas sucessões verdadeiras, muitas ditaduras, explícitas ou implícitas. Temos 121 anos de República. Vejamos as sucessões:



1 – 41 anos de 1889 a 1930, os presidentes escolhiam seus sucessores, comunicavam e passavam o cargo. (Nenhum presidente foi derrotado).



2 – 15 anos de 1930 a 1945, sem sucessão. Vargas teve três denominações. Chefe do Governo Provisório, presidente indireto, ditador.



3 – Em 2 de dezembro de 1945, não houve praticamente sucessão, e sim “prorrogação da guarda”. O marechal Dutra, tido e havido como o Condestável do “Estado Novo”, foi o sucessor.



Além do mais, a legislação era diferente. Qualquer cidadão poderia se candidatar a senador e ao mesmo tempo a deputado, por 7 estados. Vargas e Prestes se elegeram, tiveram que optar, ficaram com o mandato de senador.



Aqui no Rio, Distrito Federal, Prestes e Vargas se elegeram senadores e deputados, optaram pelo mandato maior. Renunciaram aos cargos de deputados, como os votos ficavam para os partidos, surgiram o que se chamou de “bancada de 400 votos”.



4 – Assim, foi eleito presidente o marechal Dutra, que não tinha a menor representação ou representatividade, Por causa da Segunda Guerra Mundial, o Brasil acumulou saldos enormes no exterior. Todos compravam no Brasil, “deixavam para pagar depois”.



O marechal Dutra, pessoalmente honesto, mas presidencialmente nefasto, desperdiçou esses créditos. Os norte-americanos, acostumados a comprar ouro pagando preço de matéria plástica e a vender matéria plástica recebendo preço de ouro, ficaram com tudo. Foram mais 5 anos perdidos.



5 – 3 de outubro de 1950, a volta de Vargas, pela primeira vez eleito. Mas não governou, não sabia, a não ser dominando tudo. As crises que vinham das discordâncias de 30/45, explodiram em 1954, levando à decisão genial e inédita, do suicídio e da Carta-Testamento.



6 – A primeira sucessão autêntica ocorreu em 1955, com Juscelino. Enfrentou o candidato do Poder, militar que vinha desde 1930, o general Juarez Távora, que era considerado o “Vice-Rei do Nordeste”. Mas perdeu. (Até mesmo lá).



7 – Estávamos então com 66 anos de República, era o primeiro presidente que não vinha de 1930, mas parcialmente participara da ditadura, como prefeito nomeado de Belo Horizonte. Foi também o primeiro presidente DIRETO nesses 66 anos, que terminava o mandato. Tentaram seduzi-lo com a REEELEIÇÃO, não aceitou, passou o cargo a Jânio Quadros, lançou a candidatura a novo mandato em 1965.



8 – Jânio Quadros, o “trêfego peralta”, desperdiçou 7 meses, queria mais, não conseguiu, tumultuou tudo, assumiu o vice João Goulart, “plantaram” o golpe de 1964, Portanto, de 1961 a 1985, mais 24 anos roubados do povo, das eleições diretas, das sucessões.



9 – Na verdade, a História brasileira esteve para mudar fundamentalmente em 1989. Se Brizola tivesse ido para o segundo turno, teria sido eleito. Não aceitou as ponderações para visitar mais São Paulo, perdeu para Lula por meio ponto, ficou furioso, chamou-o publicamente de “sapo barbudo”, viajou para o Uruguai, Voltou, não tinha saída, apoiou Lula, mas não transferiu votos, se tivesse transferido, Lula teria ganho. Só iria ganhar em 2002, na quarta tentativa.



***



PS – Como você está vendo, Luiz, é a primeira sucessão verdadeira, mas sem nenhuma verdade reconhecida nas urnas. Pelo menos, não no primeiro turno.



PS2 – Já houve (sem que isso seja uma aprovação, nem cabe ao repórter aprovar e sim registrar) uma transferência colossal de Lula para a candidata-poste que ele mesmo escolheu.



PS3 – Lula já disse publicamente que “houve descuido e salto alto, no primeiro turno”. Prova de que acredita na vitória agora.



PS4 – Como não votei e não votarei em nenhum dos dois, posso dizer: “Como é que Serra pretende VENCER, defendendo as DOAÇÕES-PRIVATIZAÇÕES, com prejuízos calculados entre 10 E 17 TRILHÕES?



PS5 – Reforçando a campanha, mostrando uma foto da primeira comunhão? Como Serra está com 68 anos, a primeira comunhão, a convicção e a foto, inteiramente D-E-S-B-O-T-A-D-A-S.



PS7 – Com Dilma ou Serra, é quase certo que voltaremos a Pedro Álvares Cabral. Como os dois são muito religiosos e vivem em igrejas, podem pedir a Deus, que pelo menos nos aproxime de Vasco da Gama e do caminho das Índias.



PS8 – Ainda mais agora que o Brasil faz parte do “BRIC”, que tem os dois, e mais a Rússia e a China.





VARIADAS, com o tricampeonato mundial do vôlei, e com o tri do futebol, que também poderíamos ter obtido, em 1966

Helio Fernandes



O vôlei conseguiu o que o futebol sempre perseguiu: o tricampeonato seguido. Quase obtivemos em 1966, na Inglaterra, faltou competência aos dirigentes. XXXX Campeões do mundo em 1958 e 1962, poderíamos juntar o que até aqui ninguém juntou, três títulos seguidos. Acreditavam na seleção que ganhara os dois primeiros títulos, mantiveram praticamente a mesma. XXXX Não dava, isso era tão visível, que além de não vencermos, pela primeira vez nem passamos da chave inicial, ficamos pelo caminho. XXXX Perdemos tendo como adversários Portugal, Hungria (já destroçada, longe da Hungria de 1954) e Bulgária. XXXX A Itália juntou o título de 1934 e 38, quem sabe como era a disputa, quais os adversários? XXXX Arnaldo César Coelho poderia explicar a razão do árbitro, em 1934, no jogo Brasil-Itália, ter marcado um pênalti contra o zagueiro brasileiro, Domingos da Guia. XXXX O “divino mestre”, como foi sempre conhecido, estava fora do campo quando foi punido pelo árbitro, com o que se chamava na época de “penalidade máxima”. XXXX Hoje qualquer um perder pênalti, como anteontem o Loco Abreu, que jogou longe um gol que representaria mais 2 pontos para o Botafogo. XXXX De qualquer maneira, com o futebol que estão jogando (inclusive o Brasil), ninguém mais será tri de verdade.


Um mistério mais tenebroso do que o cofre do Adhemar de Barros: quem levou os R$ 4 milhões roubados da campanha de Serra?

O internauta Arthur Vilella enviou terça-feira o seguinte apelo à Tribuna da Imprensa: “Hélio, mil desculpas por estar usando seu espaço, mas meu ajuste aqui é com o Carlos Newton, que deu para criticar a Dilma por ela ter denunciado o negócio do sumiço do R$ 4 milhões da campanha do Serra.

O Newton escreveu uma diabrite qualquer e sumiu, chame ele aí: é que a questão esquentou e o Carlos Newton tem que se explicar, especialmente quanto ao Sr Paulo Vieira de Souza, vulgo Paulo Preto.

Diga aí Carlos, você que é achegado ao Serra, o abortista, ele conhecia ou não conhecia o engenheiro do DERSA?

O Serra foi ou não inteirado dos seus negócios que o Paulo Preto dizia que fazia para ele? Quanto mais ele arrecadou das empresas, já que ele afirma que conseguiu doações para a campanha muito mais do que R$ 4 milhões – isso é irrisório perto do que eles doaram.

O quê o Serra esconde? Para onde foram os R$ 4 milhões que os tucanos dizem que o Paulo Preto surrupiou da campanha? Por que o Serra não fez um BO (Boletim de Ocorrência), se ele foi diretamente roubado? De que ele tem medo?

Para seu governo, matéria na Folha. O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, saiu nesta terça-feira em defesa do ex-diretor de engenharia da Dersa (estatal paulista responsável por obras viárias) Paulo Vieira de Souza.

Conhecido como Paulo Preto ele foi citado pela candidata Dilma Rousseff (PT) no último domingo, durante debate na Band. Dilma afirmou que ele desviou R$ 4 milhões originalmente destinados para a campanha de Serra”.



Resposta de Carlos Newton:

Certas coisas só acontecem comigo. Fiz uma matéria contra o Serra, muito pesada, a respeito de precatórios milionários (a chamada do artigo está aí no alto, do lado direito da tela), recebi um monte de críticas de internautas tucanos.



Fiquei com problemas de consciência. Para equilibrar o jogo, fiz então uma matéria contra a Dilma, e o mundo desabou. Recebi tantos comentários negativos, que estou deprimido. Espero que o fracasso não me suba à cabeça.



O pior mesmo é essa crítica do Arthur Vilella. Ele pede que eu “me explique” a respeito dos R$ 4 milhões que teriam sumido dos fundos da campanha de Serra. E me faz uma série de perguntas sobre esse dinheiro, quantia mais do que respeitável, além de exigir que eu responda sobre o envolvimento de Serra no nebuloso assunto.



Bem, Vilella, me desculpe, mas juro por Deus (os dois candidatos viraram religiosos de repente, também estou nessa) que o dinheiro não está comigo. Nem sabia do assunto. Nessa parte do debate da Band, acho que cochilei ou não prestei atenção. Nem vi se a Dilma chamou o engenheiro de Paulo Vieira de Souza ou Paulo Preto. Pessoalmente, prefiro chamá-lo pelo nome. É politicamente correto, e a gente não se arrisca a responder pela Lei Afonso Arinos, perdão, Lei Caó. O certo seria Paulo Afrodescendente.



Mas insisto, Vilella. Não tive nada a ver com isso. E vou logo adiantando que também não sei nada sobre o tal roubo do cofre da amante de Adhemar de Barros. Se lhe disserem alguma coisa a respeito, é mentira, posso afiançar. Só sei o que o deputado do PT e ex-ministro Carlos Minc diz. Que Dilma não participou, mas “tirava uma onda” de que tinha participado. É só isso que sei.



A propósito de contribuições de campanha, outro dia o pessoal do site “Dilma 13” mandou um e-mail pedindo que eu colaborasse com no mínimo 13 reais (o cara do site parece com o Zagallo, tem mania de 13). Infelizmente, não pude contribuir, por falta de numerário.



Mas prometo que, se esses 4 milhões forem depositados na minha conta (aceito também dólares, libras, ienes ou euros), imediatamente contribuirei para a campanha da preferida do presidente Lula. Se sobrar algum, mando também para o Serra. Juro por Deus (não sei por que, nesse segundo turno me bateu uma religiosidade irresistível).

terça-feira, 5 de outubro de 2010

ARTIGO DO DIA por Helio Fernandes

Marina e a “onda verde” podem se aliar à candidata do PT? Mas ela não saiu desse mesmo PT, “não tenho espaço?”. Indo para o lado do PSDB, apoiando Serra, essa opção será respeitável e respeitada? Em 27 dias, 135 milhões terão que compreender


Helio Fernandes

Serão 28 dias, agora 27, mais exaustivos do que surpreendentes. Joguem as pesquisas no lixo, avaliem pessoalmente, se informem, analisem, comentem com amigos, no trabalho, no bar, no clube, na “pracinha”, constatem o ridículo a que os Institutos se expõem, quando dizem arrogante, mas desavisadamente: “Estes cálculos estão sujeitos a uma diferença de 2 pontos para mais ou para menos”.



E erram às vezes por causa de milhões de votos que separam a realidade das suas suposições e afirmações, São dezenas de casos, erraram praticamente nos mais diversos estados. Para dar apenas um exemplo, fiquemos em SP, na eleição para o Senado. Durante toda a campanha não falaram no nome de Aloysio Nunes Ferreira.



Nas pesquisas, nos cálculos, nas análises e avaliações, desde que Quércia e Tuma, favoritos, foram para o hospital, “estavam eleitos Dona Marta e Netinho de Paula”. E o Candidato do PSDB? Não existia, não aparecia, não seria eleito. Pois às 21 horas de domingo, esse “inexistente” Aloysio, surgia em primeiro lugar com mais de 11 milhões de votos.



De onde veio essa montanha de votos? E em quanto tempo, já que na própria semana, todos os Institutos, (SEM EXCEÇÃO) desconheciam completamente o seu nome? É impossível justificar isso, explicar a votação, embora no caso tenha sido uma vitória do “BEM”. Apesar dele ser amigo de Serra. E assim aconteceu praticamente no país todo, com algumas exceções de vitoriosos previstos, anunciados e confirmados.



Como eu dizia no início destas notas, o segundo turno será cansativo, exaustivo e precisa ter emoção, compromisso, projeto, afirmação, e não apenas promessas vagas. Os discursos de Dilma e Serra, logo depois da confirmação do segundo turno (a partir da afirmação do presidente do TSE, às 21,15 de domingo) foram tão vazios e melancólicos quanto as campanhas.



O dela, visivelmente ressentido. Satisfeita abertamente, caminhando alegremente para o céu, à última hora começou a ver os obstáculos, percebeu que trilhava a estrada do inferno, o que acabou acontecendo. Lula, mais lúcido, às 8 horas mandou retirar a segurança da Praça dos Três Poderes, compreendeu, antes dos outros, que não haveria comemoração, pelo menos naquele momento.



Os discursos? O dela, ressentido (como eu disse), surpreendido, não mais envaidecido. O dele, desvanecido e agradecido, inteiramente falso, agradecia a quem? Dava a impressão de ter sido o grande vencedor, quando na verdade foi a maior “carona eleitoral” da História republicana.



Os 20 milhões de votos de Marina Silva, muito bem identificados como “onda verde”, que varreram os subterrâneos da votação e chegaram aos computadores do TSE, não foram pressentidos ou percebidos pelos Institutos. Mas também não podem ser “leiloados”, “transferidos”, “serralizados ou dilmizados”, sem maiores explicações.



20 milhões (é muito) têm que constar das urnas do 31 de outubro, eles existem. Já começaram as conversas particulares e os elogios públicos, que Dona Marina merece amplamente. Mas que dificuldade, primeiro para identificar se esses acordos devem ser feitos com ela, pessoalmente, ou com o PV, legenda pela qual concorreu.



O PV, agora em evidência eleitoral e logicamente política, esteve acusadíssimo por irregularidades, (que não atingiram a então senadora) praticadas pela cúpula. E a divisão se instalou no partido, com uma trégua natural, todos precisavam de votos, nem pensavam na Presidência.



Excluindo o fato de não se saber com quem conversar, o mais importante é o que conversar. Marina pode se entender com o PT e Dona Dilma? Estará então contrariando a ela mesma, deixou o PT, “não posso me realizar, não tenho espaço no partido”. Terá que ser um acordo amplo e cheio de compromisso, coisa que nenhuma das duas exibiu na campanha.



Membros da cúpula do PV, já se adiantaram e conversam com Serra. Se Marina fizer acordo com Serra, estará negando a “onda verde”, engrossando a “onda doadora-privante” do PSDB. Com Serra ou com Dilma, Marina estará desconfortável. E mais: terá que vir a público explicar a opção que fizer, e porque foi feita.



Serra e Dilma, que fizeram campanhas péssimas, terão que reformulá-las. Mas como e para onde? Marina poderá influir e influenciar essas modificações, mas quem sabe a posição de Marina diante dos grandes problemas do país? Tirando a “onda verde”, quase imposição das circunstâncias, o que se sabe das convicções da candidata do PV? Ela pode transferir votos, sem saber o que eles representam?



***



PS – Iremos tratando diariamente desse segundo turno, que não é naturalmente promissor, realizador, esperançoso. O segundo turno foi criado precisamente para isso: reafirmar compromissos, projetos, realizações.



PS2 – Mas Dilma e Serra, vazios e desinteressados, só se interessavam em fazer número nos “debates”. E fingir que eram populares e não faziam outra coisa a não ser andarem a vida toda nas ruas.



PS3 – Disse muitas vezes, insisti, repeti, lembro agora: Lula e Dilma foram insensatos (o PT não tem nada com isso), ao escolher um vice sem votos, que não acrescentou e ainda prejudicou: no PMDB, ninguém é tão sem votos quanto Michel Temer.



PS4 – Dilma precisa de mais 4 milhões de votos, Serra de 17 milhões, diferença muito grande. A maior surpresa (lógico, além da “onda verde”) foi a euforia de Serra, no discurso de A-G-R-A-D-E-C-I-M-E-N-T-O. Puxa, ninguém sabia que o Serra era tão querido e admirado.



PS5 – A seguir, abaixo, análise sobre a repercussão das eleições parlamentares, quem terá mais Poder e influência nessas eleições e no misterioso (até agora, mas não por muito tempo) segundo turno.



O TSE se equivocou, dando governos a derrotados

Dois anos depois da eleição e da posse, candidatos que não obtiveram a vitória, receberam os governo, DOAÇÃO do maior tribunal eleitoral. Até considero que isso pode acontecer, mas com nova eleição.



PARAÍBA DE MARANHÃO



José Maranhão não ganhou mas recebeu o governo de graça. Agora, repudiando o vernáculo e a gramática, disputou a REEELEIÇÃO sem ter sido ELEITO. Foi novamente repudiado pelo povo, vai para o segundo turno, explorando a máquina.



MARANHÃO DE DONA SARNEY



A mesma coisa com ela. Perdeu, e apesar de usar todos os recursos pessoais e do pai, de quem Lula falou: “Não se pode acusar um homem como Sarney”. Perdeu, mas disputou a REEELEIÇÃO.



Teve 0,7 por cento acima dos 50 por cento, isso só foi decidido no escuro final. Se não fosse esse 0,7 (ou 007?), iria para o segundo turno e perderia para Flavio Dino, o melhor candidato.



FHC AINDA TENTA SE EXIBIR



Procura “capitalizar” (palavra adequada para o ex-presidente, principalmente em relação à própria reeeleição) a vitória estrondosa de Aloysio para o Senado.



Na verdade, os 11 milhões de votos têm esta origem e identificação. 1 – Suas próprias qualidades, responsabilidade e dignidade. 2 – O apoio de Alckmin, eleito no primeiro turno. 3 – O voto decidido de Quércia, que estava quase eleito, se retirou por doença, mandou votar nele. 4 – Os votos do prefeito Kassab, que apesar de serem duas as vagas, tinha Aloysio como prioridade.



5 – O governador Alberto Goldman, elogiado pelo presidenciável como “lealíssimo”. 6 – Lógico, não pode ser negada a contribuição eleitoral de Serra, importante, são intimíssimos. 7 – Aí “aparece” FHC, impossível deixar de citá-lo. (Como ex-presidente, não como eleitor).



HELIO COSTA, SEMPRE DERROTADO



Foi uma das minhas certezas, reiterada sempre. Disse várias vezes que conheceria a terceira derrota. Da última vez, teve quase 49 por cento no primeiro turno, perdeu feio no segundo. Agora, se dizendo “antecipadamente eleito”, teve 3 milhões de votos contra 6 milhões de Anastasia, que disputava a primeira eleição.



EM ALAGOAS, TRÊS GOVERNADORES



Teotônio Vilela Filho, Fernando Collor e Ronaldo Lessa, um no Poder e os dois tentando voltar, luta duríssima. Teotônio teve 150 mil votos mais do que Ronaldo Lessa (acusado de irregularidades), mas vai para o segundo turno. Collor, que continua senador, perdeu para Lessa por menos de 5 mil votos.





Renan Calheiros quase ganha do ex-amigo milionário. Benedito de Lira, ficou em segundo. Ninguém consegue explicar a baixíssima votação e a derrota de Heloisa Helena.



OS IRMÃOS VIANA, NO ACRE



O senador Tião, franco favorito, quase não se elege, teve apenas 4 mil votos a mais. Curiosidade: os dois senadores tiveram mais votos do que o governador, fato raro. Um deles, Jorge, irmão de Tião, que já foi governador. O outro, Sérgio Petecão, do PMN.



A ABSTENÇÃO FOI ALTÍSSIMA



Praticamente 27 milhões de eleitores não votaram. Dos 135 milhões de inscritos, mais de 22 por cento não votaram. Não era a previsão ou expectativa.



LULA ERROU, PODE ESTAR ACERTANDO



Estava eufórico, arrogante e certíssimo da vitória, se recolheu e desapareceu no domingo, com a derrota. Mas hoje pela manhã (segunda-feira) já estava no Planalto. E fez uma declaração, respirando euforia: “Vai demorar apenas mais 30 dias”. Pode estar acertando, depois de ter errado no primeiro turno.



FICHA-SUJA PODE PERDER MANDATO



Os que estavam enquadrados no ficha-limpa, que se elegeram e foram empossados, podem perder os mandatos depois. Existem muitos nessa situação, como Maluf e até governadores. Jader Barbalho nem conseguiu concorrer. Garotinho disputou com liminar, depende de confirmação. Mas é duro cassar um deputado com 700 mil votos.



CÂMARA E SENADO, FRAGILIZADOS



Deputados (513) e senadores (81) estão muito divididos. Haja o que houver, serão necessárias e imprescindíveis diversas modificações, que provavelmente não serão feitas. Mas para fazer, terão que “conversar” muito, as bancadas dos maiores partidos são mínimas. Analisaremos, esperemos a confirmação.



A QUEM PERTENCE O VOTO?



Na iminência de muitas cassações de eleitos, é preciso lembrar decisão do Supremo: “O voto pertence ao partido”. O Supremo tem errado (ou se omitido) muito. Mas nesse caso, não há dúvida, ninguém pode concorrer sem partido. Até 1934 havia o voto independente, que tanto serviu a Rui Barbosa. Agora acabou.

Geraldo Simões agradece votação e defende eleição de Dilma

O deputado federal Geraldo Simões (PT), reeleito para mais um mandato com 75.977 votos, agradeceu a votação expressiva que obteve em toda a região e disse que vai traduzir esse apoio trabalhando incansavelmente para a atração de investimentos e projetos que resultem na melhoria da qualidade de vida das pessas. “Tivemos votos em todos os municípios sulbaianos, o que demonstra o reconhecimento à nossa atuação no Congresso Nacional e nos incentiva a continuar atuando como porta voz da população”, disse o deputado.

Geraldo Simões afirmou ainda que no próximo mandato vai atuar no sentido de fortalecer projetos importantes como o Porto Sul, a Ferrovia Oeste Leste, a Zona de Processamento de Exportações e o Gasoduto da Petrobrás, que tem uma base de distribuição em Itabuna. “Nesse processo de desenvolvimento, consideramos fundamentais a duplicação da rodovia Ilhéus-Itabuna e a criação de um pólo industrial que inclua também as pequenas e médias cidades do Sul da Bahia”.
ELEIÇÃO DE DILMA

O deputado também destacou as vitórias de Jaques Wagner, reeleito governador com,mais de 63% dos votos válidos, e de Pinheiro e Lídice para o senado, “confirmando que os baianos aprovam esse modelo de governo que trabalha para todos, que dialoga com a sociedade, além de realizar importantes obras de infra-estrutura e programas de inclusão social”. “Agora, vamos nos empenhar pela eleição de Dilma Roussef para presidente, porque ela vai continuar o excelente trabalho de Lula. A Bahia mais uma vez será decisiva, dando uma votação expressiva a Dilma, que será parceira de Wagner nos avanços que ele vem implementando no Estado”, ressaltou Geraldo Simões.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Resultado Eleição na Bahia

OS NOVOS SENADORES BAIANOS


Walter Pinheiro (PT) e Lídice da Mata (PSB) foram escolhidos os novos senadores baianos. Abaixo, veja resultado completo na corrida à Câmara Alta, em Brasília.


Seq. Nº Cand. Nome Candidato Partido / Coligação Qtde. Votos

1 130 WALTER PINHEIRO PT – PRB / PP / PDT / PT / PSL / PHS / PSB / PC do B 3.616.947 (31,00%)

2 400 LIDICE PSB – PRB / PP / PDT / PT / PSL / PHS / PSB / PC do B 3.371.479 (28,90%)

3 222 CESAR BORGES PR – PTB / PMDB / PTN / PSC / PR / PPS / PSDC / PRTB / PMN / PTC / PRP / PT do B 1.577.243 (13,52%)

4 251 JOSÉ RONALDO DEM – DEM / PSDB 1.084.765 (9,30%)

5 255 ALELUIA DEM – DEM / PSDB 947.176 (8,12%)

6 147 EDVALDO BRITO PTB – PTB / PMDB / PTN / PSC / PR / PPS / PSDC / PRTB / PMN / PTC / PRP / PT do B 809.637 (6,94%)

7 434 EDSON DUARTE PV 212.032 (1,82%)

8 500 FRANÇA PSOL 18.180 (0,16%)

9 505 ZILMAR PSOL 15.382 (0,13%)

10 160 ALBIONE PSTU 14.084 (0,12%)


WAGNER OBTEVE 4,1 MILHÕES DE VOTOS

Após ser o primeiro petista a comandar a Bahia, Jaques Wagner se tornou neste domingo, 3, o primeiro governador baiano reeleito. Conforme os números divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Wagner obteve 63,83% dos votos válidos. Exatamente, 4.101.270 votos. Paulo Souto (DEM) sugou apenas 1.033.600 votos e Geddel Vieira Lima (PMDB), 1.000.038. Confira a votação geral:



Seq. Nº Cand. Nome Candidato Partido / Coligação Qtde. Votos

1 13 WAGNER PT – PRB / PP / PDT / PT / PSL / PHS / PSB / PC do B 4.101.270 (63,83%)

2 25 PAULO SOUTO DEM – DEM / PSDB 1.033.600 (16,09%)

3 15 GEDDEL VIEIRA LIMA PMDB – PTB / PMDB / PTN / PSC / PR / PPS / PSDC / PRTB / PMN / PTC / PRP / PT do B 1.000.038 (15,56%)

4 43 BASSUMA PV 253.523 (3,95%)

5 50 MARCOS MENDES PSOL 31.705 (0,49%)

6 21 SANDRO SANTA BÁRBARA PCB 4.969 (0,08%)

7 16 PROF CARLOS PSTU 0 (0,00%)

OS NOVOS DEPUTADOS FEDERAIS BAIANOS

O PT foi o partido que conseguiu eleger o maior número de deputados federais na Bahia, ontem. O resultado oficial foi divulgado há pouco pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Do sul da Bahia, figuram nomes como Geraldo Simões, Josias Gomes e Valmir Assunção. Confira a lista que é liderada pelo carlista ACM Neto (DEM).



Seq. Nº Cand. Nome Candidato Partido / Coligação Qtde. Votos

1 2526 * ACM NETO DEM 328.450 (4,91%)

2 1518 * LUCIO VIEIRA LIMA PMDB – PTB / PMDB / PSC / PR / PRTB 221.616 (3,32%)

3 1363 * RUI COSTA PT – PRB / PP / PDT / PT / PHS / PSB / PC do B 212.157 (3,17%)

4 1115 * JOÃO LEÃO PP – PRB / PP / PDT / PT / PHS / PSB / PC do B 203.604 (3,05%)

5 1346 * PELEGRINO PT – PRB / PP / PDT / PT / PHS / PSB / PC do B 202.798 (3,03%)

6 1111 * MÁRIO NEGROMONTE PP – PRB / PP / PDT / PT / PHS / PSB / PC do B 169.209 (2,53%)

7 1010 * MÁRCIO MARINHO PRB – PRB / PP / PDT / PT / PHS / PSB / PC do B 157.917 (2,36%)

8 1234 * FELIX JR PDT – PRB / PP / PDT / PT / PHS / PSB / PC do B 148.885 (2,23%)

9 1301 * AFONSO PT – PRB / PP / PDT / PT / PHS / PSB / PC do B 143.795 (2,15%)

10 6565 * DANIEL ALMEIDA PC do B – PRB / PP / PDT / PT / PHS / PSB / PC do B 135.817 (2,03%)

11 1310 * VALMIR ASSUNÇÃO PT – PRB / PP / PDT / PT / PHS / PSB / PC do B 132.999 (1,99%)

12 4555 * ANTONIO IMBASSAHY PSDB 112.630 (1,69%)

13 4545 * JUTAHY MAGALHÃES JÚNIOR PSDB 110.268 (1,65%)

14 1313 * ZÉZEU PT – PRB / PP / PDT / PT / PHS / PSB / PC do B 109.109 (1,63%)

15 6533 * EDSON PIMENTA PC do B – PRB / PP / PDT / PT / PHS / PSB / PC do B 103.940 (1,56%)

16 6522 * ALICE PORTUGAL PC do B – PRB / PP / PDT / PT / PHS / PSB / PC do B 101.588 (1,52%)

17 1322 * WALDENOR PT – PRB / PP / PDT / PT / PHS / PSB / PC do B 87.930 (1,32%)

18 1213 * OZIEL OLIVEIRA PDT – PRB / PP / PDT / PT / PHS / PSB / PC do B 81.811 (1,22%)

19 2528 * FERNANDO TORRES DEM 79.204 (1,18%)

20 2200 * MAURICIO TRINDADE PR – PTB / PMDB / PSC / PR / PRTB 77.335 (1,16%)

21 1330 * GERALDO SIMÕES PT – PRB / PP / PDT / PT / PHS / PSB / PC do B 75.977 (1,14%)

22 2288 * JOAO BACELAR PR – PTB / PMDB / PSC / PR / PRTB 75.327 (1,13%)

23 1512 * ARTHUR MAIA PMDB – PTB / PMDB / PSC / PR / PRTB 74.134 (1,11%)

24 2222 * JOSE ROCHA PR – PTB / PMDB / PSC / PR / PRTB 73.935 (1,11%)

25 2522 * CLAUDIO CAJADO DEM 72.098 (1,08%)

26 2010 * SERGIO BRITO PSC – PTB / PMDB / PSC / PR / PRTB 71.889 (1,08%)

27 2577 * JOSÉ NUNES DEM 70.483 (1,05%)

28 1410 * ANTONIO BRITO PTB – PTB / PMDB / PSC / PR / PRTB 70.209 (1,05%)

29 2012 * ERIVELTON SANTANA PSC – PTB / PMDB / PSC / PR / PRTB 69.765 (1,04%)

30 1312 * JOSIAS GOMES PT – PRB / PP / PDT / PT / PHS / PSB / PC do B 69.619 (1,04%)

31 1200 * JOSE CARLOS ARAUJO PDT – PRB / PP / PDT / PT / PHS / PSB / PC do B 69.564 (1,04%)

32 1212 * MARCOS MEDRADO PDT – PRB / PP / PDT / PT / PHS / PSB / PC do B 68.216 (1,02%)

33 1133 * LUIZ ARGÔLO PP – PRB / PP / PDT / PT / PHS / PSB / PC do B 68.025 (1,02%)

34 2588 * FABIO SOUTO DEM 65.985 (0,99%)

35 1123 * ROBERTO BRITTO PP – PRB / PP / PDT / PT / PHS / PSB / PC do B 64.126 (0,96%)

36 1311 * AMAURI TEIXEIRA PT – PRB / PP / PDT / PT / PHS / PSB / PC do B 63.729 (0,95%)

37 1303 * LUIZ ALBERTO PT – PRB / PP / PDT / PT / PHS / PSB / PC do B 63.686 (0,95%)

38 2529 * PAULO MAGALHÃES DEM 53.620 (0,80%)

39 4444 * JÂNIO NATAL PRP – PTN / PPS / PSDC / PMN / PTC / PRP / PT do B 41.585 (0,62%)


ESULTADO PARA DEPUTADO ESTADUAL (BA)


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acaba de divulgar a relação dos deputados estaduais eleitos para o período 2011-2014. Eis a relação completa dos que passam a fazer morada na Assembleia Legislativa baiana a partir do dia 1º de fevereiro de 2011.



Seq. Nº Cand. Nome Candidato Partido / Coligação Qtde. Votos

1 12012 * MARCELO NILO PDT – PRB / PP / PDT / PT 139.794 (2,06%)

2 11222 * MÁRIO NEGROMONTE JÚNIOR PP – PRB / PP / PDT / PT 113.398 (1,67%)

3 11234 * RONALDO CARLETTO PP – PRB / PP / PDT / PT 101.816 (1,50%)

4 13123 * ZÉ NETO PT – PRB / PP / PDT / PT 81.223 (1,20%)

5 13467 * LUIZA MAIA PT – PRB / PP / PDT / PT 79.858 (1,18%)

6 11011 * CACÁ LEÃO PP – PRB / PP / PDT / PT 79.137 (1,17%)

7 12345 * ROBERTO CARLOS PDT – PRB / PP / PDT / PT 75.873 (1,12%)

8 13222 * ZÉ RAIMUNDO PT – PRB / PP / PDT / PT 70.322 (1,04%)

9 13444 * ROSEMBERG PINTO PT – PRB / PP / PDT / PT 70.122 (1,03%)

10 20000 * MARIA LUIZA CARNEIRO PSC – PMDB / PSC / PR / PRTB 65.930 (0,97%)

11 17700 * DERALDO DAMASCENO PSL – PSL / PSB 65.297 (0,96%)

12 22123 * GRAÇA PIMENTA PR – PMDB / PSC / PR / PRTB 64.935 (0,96%)

13 12393 * EUCLIDES FERNANDES PDT – PRB / PP / PDT / PT 63.013 (0,93%)

14 25161 * TOM DEM 62.391 (0,92%)

15 10123 * SIDELVAN NÓBREGA PRB – PRB / PP / PDT / PT 62.386 (0,92%)

16 25444 * ROGÉRIO ANDRADE DEM 60.292 (0,89%)

17 13140 * MARCELINO GALO PT – PRB / PP / PDT / PT 59.456 (0,88%)

18 17777 * NELSON LEAL PSL – PSL / PSB 58.817 (0,87%)

19 13690 * NEUSA CADORE PT – PRB / PP / PDT / PT 58.059 (0,86%)

20 70456 * CLAUDIA OLIVEIRA PT do B – PPS / PSDC / PMN / PRP / PT do B 58.034 (0,86%)

21 25166 * GILDASIO PENEDO DEM 57.900 (0,85%)

22 13567 * FÁTIMA NUNES PT – PRB / PP / PDT / PT 57.843 (0,85%)

23 10456 * PASTOR JOSÉ DE ARIMATEIA PRB – PRB / PP / PDT / PT 56.896 (0,84%)

24 13113 * PAULO RANGEL PT – PRB / PP / PDT / PT 55.761 (0,82%)

25 13139 * JOSEILDO RAMOS PT – PRB / PP / PDT / PT 55.721 (0,82%)

26 44333 * BRUNO REIS PRP – PPS / PSDC / PMN / PRP / PT do B 55.267 (0,81%)

27 13131 * MARIA DEL CARMEN PT – PRB / PP / PDT / PT 53.792 (0,79%)

28 11111 * ADERBAL CALDAS PP – PRB / PP / PDT / PT 53.224 (0,78%)

29 44111 * ADOLFO MENEZES PRP – PPS / PSDC / PMN / PRP / PT do B 52.255 (0,77%)

30 65333 * FABRICIO PC do B 52.057 (0,77%)

31 15015 * LEUR LOMANTO JUNIOR PMDB – PMDB / PSC / PR / PRTB 50.469 (0,74%)

32 22555 * REINALDO BRAGA PR – PMDB / PSC / PR / PRTB 49.854 (0,74%)

33 15600 * ALAN SANCHES PMDB – PMDB / PSC / PR / PRTB 47.298 (0,70%)

34 12700 * JOAO BONFIM PDT – PRB / PP / PDT / PT 47.083 (0,69%)

35 19678 * JOAO CARLOS BACELAR PTN – PTB / PTN / PTC 46.990 (0,69%)

36 40333 * PR SGTº ISIDORIO PSB – PSL / PSB 46.963 (0,69%)

37 20123 * CARLOS UBALDINO PSC – PMDB / PSC / PR / PRTB 46.796 (0,69%)

38 22220 * SANDRO RÉGIS PR – PMDB / PSC / PR / PRTB 46.783 (0,69%)

39 25800 * HERBERT BARBOSA DEM 46.723 (0,69%)

40 15456 * IVANA BASTOS PMDB – PMDB / PSC / PR / PRTB 46.401 (0,68%)

41 15123 * LUCIANO SIMÕES PMDB – PMDB / PSC / PR / PRTB 46.296 (0,68%)

42 11000 * LUIZ AUGUSTO PP – PRB / PP / PDT / PT 45.505 (0,67%)

43 20456 * TARGINO MACHADO PSC – PMDB / PSC / PR / PRTB 45.265 (0,67%)

44 70123 * MARIA LUIZA LAUDANO PT do B – PPS / PSDC / PMN / PRP / PT do B 43.937 (0,65%)

45 20890 * ANGELA SOUSA PSC – PMDB / PSC / PR / PRTB 43.588 (0,64%)

46 15678 * PEDRO TAVARES PMDB – PMDB / PSC / PR / PRTB 43.202 (0,64%)

47 15155 * TEMÓTEO BRITO PMDB – PMDB / PSC / PR / PRTB 42.927 (0,63%)

48 11456 * CORONEL PP – PRB / PP / PDT / PT 41.346 (0,61%)

49 25111 * PAULO AZI DEM 40.992 (0,60%)

50 13678 * J. CARLOS PT – PRB / PP / PDT / PT 40.850 (0,60%)

51 12580 * PAULO CAMERA PDT – PRB / PP / PDT / PT 40.666 (0,60%)

52 20777 * VANDO PSC – PMDB / PSC / PR / PRTB 39.738 (0,59%)

53 13613 * BIRA CORÔA PT – PRB / PP / PDT / PT 39.254 (0,58%)

54 13234 * YULO PT – PRB / PP / PDT / PT 38.967 (0,57%)

55 13458 * CARLOS BRASILEIRO PT – PRB / PP / PDT / PT 38.825 (0,57%)

56 65321 * ÁLVARO GOMES PC do B 38.463 (0,57%)

57 22333 * ELMAR PR – PMDB / PSC / PR / PRTB 38.406 (0,57%)

58 19170 * CARLOS GEILSON PTN – PTB / PTN / PTC 37.205 (0,55%)

59 65123 * KELLY MAGALHÃES PC do B 36.141 (0,53%)

60 45450 * ADOLFO VIANA PSDB 32.625 (0,48%)

61 45670 * AUGUSTO CASTRO PSDB 31.062 (0,46%)

62 19456 * CORONEL GILBERTO SANTANA PTN – PTB / PTN / PTC 28.732 (0,42%)

63 43444 * EURES RIBEIRO PV 25.932 (0,38%)