sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Vox Populi mostra Dilma e Serra estáveis

SÃO PAULO (Reuters) - Pesquisa Vox Populi divulgada nesta quinta-feira indica que a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, manteve a vantagem de 27 pontos percentuais sobre seu principal adversário, José Serra (PSDB), na corrida pela sucessão presidencial.

No levantamento divulgado pela Rede Bandeirantes e pelo portal iG, Dilma continuou com 51 por cento das intenções de voto, assim como Serra, que permaneceu com 24 por cento.
Marina Silva (PV) foi a única que subiu, de 8 por cento para 10 por cento. A margem de erro é de 1,8 ponto percentual. A pesquisa anterior foi divulgada em 17 de setembro.
A dez dias das eleições, o resultado indica que Dilma seria eleita em primeiro turno e que as denúncias recentes que derrubaram a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, ex-braço direito da petista na pasta, não tiveram impacto na intenção de voto dos dois principais candidatos, mas podem ter contribuído para a elevação de Marina.
O número de eleitores que não sabem ou não responderam à pesquisa é de 9 por cento, contra 11 por cento na anterior. Brancos e nulos somam 5 por cento e, juntos, os demais candidatos têm 1 por cento.
Dilma aparece à frente dos rivais em todas as faixas etárias, sociais e regionais pesquisadas pelo instituto. Ela também tem o melhor desempenho entre eleitores do Nordeste, onde recebe 67 por cento das intenções de voto --contra 16 por cento de Serra e 7 por cento de Marina.
No Sul, a distância entre Dilma e os rivais é menor. Ela tem 42 por cento, contra 37 por cento de Serra e 6 por cento de Marina.
Na pesquisa espontânea, quando o nome dos candidatos não é apresentado aos eleitores, Dilma é citada por 44 por cento dos entrevistados. Serra recebe 21 por cento das indicações e Marina, 9 por cento.
A pesquisa, com 3.000 entrevistas, foi realizada entre os dias 18 e 21 de setembro.
No Datafolha, realizado entre os dias 21 e 22, Dilma registrou variação negativa de 2 pontos, chegando a 49 por cento das intenções de voto, mas ainda garantindo a possibilidade de vitória no primeiro turno.
Serra oscilou 1 ponto para cima, indo a 28 por cento, e Marina teve variação positiva de 2 pontos, para 13 por cento. Todos os movimentos do Datafolha ocorreram dentro da margem de erro, de 2 pontos percentuais. A margem de erro do Datafolha é de 2 pontos percentuais.
A vantagem de Dilma sobre a soma dos adversários caiu 5 pontos, aumentando as chances de um segundo turno.

Dividido, Supremo não consegue decidir validade de Lei da Ficha Limpa

O julgamento da validade da Lei da Ficha Limpa foi suspenso à 1h15 de hoje. Depois de mais de dez horas de debate, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Cezar Peluso, deu o voto que empatou o placar - 5 a 5 -sobre valer ou não o acórdão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que manteve integralmente a vigência da Ficha Limpa para as eleições deste ano - tirando da campanha Joaquim Roriz (PSC) por considerá-lo ficha-suja.

Antes de suspender a sessão, alguns ministros, capitaneados pelo presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandowski, diziam que, por causa do empate, prevaleciam as regras do regimento interno do STF e da Súmula Vinculante 10 que mandam manter a Lei da Ficha Limpa. Cezar Peluso puxava os votos dos que queriam aguardar a indicação do 11.° ministro da corte para desempatar - vaga aberta desde a aposentadoria do ministro Eros Grau.

A maioria dos ministros já havia adiantado que considerava constitucionais os trechos da lei que acabaram por impedir a candidatura de Roriz ao governo do Distrito Federal. Roriz teve a candidatura barrada por ter renunciado ao mandato de senador em 2007 para fugir do processo de cassação, o que passou a ser considerado causa de inelegibilidade pela nova legislação.

Os ministros decidiram que não viola a Constituição a aplicação da nova regra para fatos que aconteceram antes da aprovação da Lei da Ficha Limpa.

Para o futuro. O ministro Dias Toffoli foi o diferencial no julgamento e responsável por uma dúvida. Crítico contumaz da Ficha Limpa, ele amenizou o discurso. Votou apenas no sentido de jogar para o futuro a aplicação da lei.

De acordo com Toffoli, seria necessário esperar pelo menos um ano da entrada em vigor da lei para impedir as candidaturas. Segundo ele, a exigência está prevista no artigo 16 da Constituição Federal. 'O artigo 16 é uma garantia do eleitor', disse.

Argumentou que isso garante que mudanças nas regras eleitorais patrocinadas pelas maiorias não sirvam para excluir adversários das eleições, como ocorria com frequência na ditadura militar. Nesse sentido, votaram também os ministros Gilmar Mendes e Marco Aurélio Mello.

O voto de Gilmar Mendes foi o que mais esquentou o clima do plenário. 'Essa regra é cláusula pétrea. O fato de ter-se que esperar um ano é uma segurança para todos. Faz parte de um processo civilizatório, precisa ser respeitado', afirmou. 'A história mostra em geral que os totalitarismos se louvam nesse tipo de fundamento ético.' E concluiu: 'A ditadura da maioria não é menos perigosa para a paz social do que a da minoria.'

Marco Aurélio Mello acrescentou: 'Vivemos momentos muito estranhos. Momentos em que há abandono a princípios, a perda de parâmetros, a inversão de valores, o dito passa pelo não dito e o certo pelo errado e vice-versa. Nessas quadras é que devemos ter um apego maior pelas franquias constitucionais. E uma dessas franquias nos direciona à irretroatividade da lei.'

Aplicação imediata. Cinco ministros - Carlos Ayres Britto, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa e Ellen Gracie - votaram pela aplicação imediata da lei, ao julgar que a mudança não alterou o processo eleitoral, como visa proteger a Constituição.

Eles argumentaram que a lei foi aprovada antes das convenções partidárias. As legendas sabiam, portanto, quais eram as regras de inelegibilidade. E deram legenda para fichas-sujas porque quiseram. 'Não há direito adquirido à elegibilidade: o direito é definido e aferido a cada eleição, assim como não há direito garantido à reeleição', disse o ministro Ricardo Lewandowski, que também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Mas a restrição que Toffoli fez à lei foi apenas aquela - de que valeria para as próximas eleições. O ministro rejeitou os argumentos dos advogados de Joaquim Roriz de que as novas regras retroagiam para prejudicá-lo e de que estaria violado o princípio da presunção de inocência ao ser considerado inelegível sem condenação pela Justiça.


DATAFOLHA: CÉSAR E LÍDICE EMPATADOS NA FRENTE

De acordo com nova pesquisa de intenção de votos do Datafolha, sobre o Senado na Bahia, o candidato à reeleição César Borges (PR) continua a liderar a corrida com 29%. No entanto a disputa continua indefinida, já que o republicano está tecnicamente empatado com Lídice da Mata (PSB), que tem 28%. Ambos continuaram com o mesmo patamar obtido no levantamento anterior. Já Walter Pinheiro (PT), foi o único a apresentar queda. O petista perdeu um ponto e ficou na casa dos 25%. Os demais candidatos que estão na parte inferior da tabela apresentaram alta. Os dois do DEM, José Carlos Aleluia e José Ronaldo estão com 12% cada um. Edvaldo Brito (PTB) subiu um ponto e está com 10%.


DATAFOLHA: WAGNER 48% SOUTO 21%

Segundo a pesquisa de intenção de votos do Datafolha, o percentual do governador Jaques Wagner (PT) caiu para 48% das preferências. O petista tinha 53% no levantamento anterior. O postulante do DEM, Paulo Souto, apresentou uma alta de cinco pontos e chegou aos 21%. Geddel Vieira Lima (PMDB) também oscilou positivamente. O peemedebista tinha 11% e agora tem 12%. Mesmo com a queda do petista, a eleição seria definida em primeiro turno com vitória de JW. Luiz Bassuma (PV) tem 2%, Marcos Mendes (PSOL) aparece com 1%. Sandro Santa Barbara (PCB) e Professor Carlos (PSTU) não atingiram 1%. Pelo menos 11% dos eleitores estão indecisos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário